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A cidade de São Paulo em rítmo de Virada Cultural

 

Milton Mansilha
População se prepara para a próxima atração no Teatro Municipal

SãoPaulo - Faltavam 15 minutos para 1 hora da manhã, quando cerca de mil pessoas começaram a acender velas na platéia do concerto da Orquestra Baquiana Jovem, sob regência de João Carlos Martins, no Pátio do Colégio. Foi uma das mais fortes manifestações pela paz, de tantas que tomaram São Paulo nesta madrugada.

Em toda a platéia da Virada Cultural o clima é de tranqüilidade e reação. "Hoje demos o exemplo para o país, de que São Paulo é uma cidade que não vai se render. Vai prevalecer a força daqueles que querem uma cidade voltada para o bem", discursou o prefeito Gilberto Kassab, no fim do concerto.

Outros pontos da cidade também entraram no clima. As milhares de pessoas que circulam pelas ruas do Centro podem aproveitar os bares abertos e curtir uma boa música, como as que saem das pickup´s dos DJs nas imediações da rua XV de Novembro. "É super legal ter uma rave de graça na rua", comemora Antonio Rocha, morador da zona leste.

Já a estudante e moradora do Jabaquara Juliana Pires, de 27 anos, foi ao Centro com 11 pessoas, entre elas dois estrangeiros. A pequena excursão migrou entre várias atrações disponíveis na região. Eles já assistiram a Orquestra Jazz Sinfônica, no Parque da Independência, o Cordel do Fogo Encantado, na praça da Sé, passaram pelo Mercado MundoMix, no Vale do Anhangabaú, e em shows como de Thaíde. "A gente que fazer o máximo de coisas possíveis", disse.

Até agora a polícia não registrou nenhuma ocorrência séria. Juliana acredita que é hora da população colocar a cara na rua. "Não podemos deixar o terror tirar a gente da rua."

 
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