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Leona Cavalli em curta estréia na TV

 

Clayton de Souza/AE
A atriz Leona Cavalli

São Paulo - O filme Amarelo Manga (Cláudio Assis, 2001) traz a atriz Leona Cavalli, na cena em que aceita a provocação de Jonas Bloch e levanta o vestido, provando que, sim, os pêlos pubianos combinam com a cor dos cabelos: tom de manga. A atriz de teatro e cinema chega à TV em Belíssima, nova novela das oito, em papel meteórico: Valdete, sua femme fatale de botequim, deve aparecer morta no capítulo de hoje da novela de Silvio de Abreu.

É o primeiro dos três crimes desta trama de Silvio de Abreu. A garçonete que deu o tal “golpe da barriga” no patrão para garantir seu futuro financeiro foi criada especialmente para Leona. Ao mesmo tempo em que aguardava a decisão judicial sobre a pensão para o filho, a personagem seduzia André (Marcelo Anthony).

O caso é que o moço trocou a garçonete pela mocinha Júlia (Glória Pires). E ela jurou vingança. Valdete remete às heroínas das pornochanchadas dos anos 70, produzidas em São Paulo, na chamada Boca do Lixo. Ali, Silvio de Abreu dirigiu o clássico Mulher Objeto, em 1981.

“Valdete é uma personagem despudorada, mau-caráter, vulgar e odiosa e imaginei isso para Leona porque ela não tem medo nem limites em suas criações e, melhor ainda, se atira de corpo e alma em qualquer personagem”, explica o autor.

Atriz das mais queridas dos palcos paulistanos, Leona é gaúcha, de Rosário do Sul, quase na fronteira com o Uruguai. Foi batizada Alleyona. Filha do prefeito de uma cidade onde não havia teatro, ela decidiu ser atriz aos 6 anos. Anos depois, foi no Teatro Oficina, de Zé Celso Martinez Correa que a crítica e o público caíram a seus pés: fez Ofélia em Ham-let (1993), se jogou em Bacantes (1996), interpretou Cacilda Becker (em Cacilda!, 1999). “Leona Cavalli é a prova concreta do milagre manifesto: há muitas Cacildas numa só Cacilda!”, escreveu Zé Celso no programa da peça. No Oficina, Leona começou a montar uma galeria impressionante de grandes mulheres, que depois prosseguiu desde as classudas como Blanche Dubois (Um Bonde Chamado Desejo, 2001) até as brejeiras, como Dalva, de Um Céu de Estrelas (Tata Amaral), sua estréia no cinema, em 1995.

 
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