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Meninas iniciam vida sexual primeiro nos EUA

Washington - Os jovens nos Estados Unidos iniciam sua atividade sexual cada vez mais cedo, e as meninas são as primeiras a praticar o sexo livre de sentimentos de culpa, segundo um estudo da Universidade da Califórnia.

Entre 1943 e 1999, a idade média em que as mulheres iniciavam suas vidas sexuais caiu de 19 aos 15 anos, de acordo com o estudo publicado pela revista Review of General Psychology. No mesmo período, a porcentagem das adolescentes sexualmente ativas subiu de 13% para 47%.

Segundo esta pesquisa, atualmente, entre as jovens, a prática do sexo oral é mais comum, o que confirma o resultado de outro estudo publicado no mês passado pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos. Mais da metade dos adolescentes de 15 a 19 anos admite ter praticado sexo oral, segundo este estudo.

Além disso, cada vez mais mulheres, em particular entre 20 e 30 anos, mantêm relações bissexuais, ou pelo menos se sentem mais confortáveis em reconhecer isso, segundo o estudo dirigido pelo epidemiologista William Mosher, do Centro Nacional de Estatísticas para a Saúde.

Ritch Savin Williams, professor de Psicologia Clínica e do Desenvolvimento na Universidade Cornell, em Nova York, afirmou em seu livro O Novo Adolescente Homossexual que diminuiu também a idade na qual os jovens se lembram de seus primeiros sentimentos de atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Para as meninas, a idade média de atração por outra mulher diminuiu desde 1960 dos 17 para os 12 anos, e para os meninos o interesse por outro homem foi dos 14 para os 10 anos, segundo Savin Williams.

O estudo publicado pela Review of General Psychology, liderado por Jean Twenge, professora de psicologia na Universidade da Califórnia em San Diego, descobriu que "os sentimentos de culpa sexual diminuíram, especialmente entre as jovens". "Desde os anos 40, as atitudes ligadas ao sexo antes do casamento se revelaram notavelmente mais liberais", acrescenta o artigo, apoiado na análise de 530 estudos sobre os 50 anos em que entrevistaram mais de 250 mil jovens.

Nesse período, a aprovação entre as mulheres para o sexo antes do casamento passou de 12% para 73%, e entre os homens subiu de 40% para 79%. "A influência cultural foi muito mais forte para as mulheres que para os homens. As atitudes dos pais e das mães também tiveram influência", acrescentou Twenge. A chamada geração do "baby boom", os nascidos entre 1945 e 1964 nos EUA, iniciava sua vida sexual durante a época universitária. "Os jovens agora têm relações sexuais, pela primeira vez, durante a escola secundária", afirmou Twenge.

As pessoas que pertencem a essa geração, que foram os participantes da "revolução sexual" dos anos 60, tiveram relações sexuais com mais parceiros. Enquanto a geração atual, que encara a epidemia da aids, têm mais relações sexuais com menos pessoas. Por isso, "as práticas sexuais repudiadas pelas gerações anteriores, especialmente o sexo oral, se revelaram mais aceitáveis e generalizadas", acrescentou o artigo.

 
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