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Tsunami triplicou número de mortos em tragédias no ano passado

Genebra - De acordo com o Relatório Mundial sobre Desastres Naturais, da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, o número de mortos em desastres naturais triplicou no ano passado por causa do tsunami de 26 de dezembro, na Ásia. As 225 mil mortes ocorridas nos países afetados pelas ondas gigantes elevaram para 250 mil o número de mortos em tragédias naturais em 2005. Segundo relatório, divulgado anualmente, alertas divulgados antecipadamente poderiam ter evitado muitas mortes.

A Cruz Vermelha Internacional indica no estudo que especialistas da região conseguiram medir a intensidade do terremoto e acompanhar a evolução do maremoto no Oceano Índico, mas não tiveram meios para avisar as populações ameaçadas. Por isso, a entidade defende maiores investimentos em sistemas de alerta rápido e de mobilização dos meios de comunicação, para garantir que as populações recebam as informações a tempo.

A informação é tão importante como água, alimentos e os medicamentos para salvar vidas no caso de catástrofes. Devido à falta de informação, dezenas de milhares de vidas se perderam em 2004 em catástrofes como maremotos, furacões, inundações e outros fenômenos, destaca o relatório.

Concorrência no resgate - A Cruz Vermelha enfatiza também a dificuldade das agências envolvidas nas operações de resgate de trocar informações e até sugere que algumas delas teriam retido dados importantes, na competição pela atenção da mídia e pelo dinheiro dos doadores. O documento defende a distribuição mais eficaz da informação, tanto entre as agências como às vítimas de tragédias.

Os moradores de uma área sujeita a uma catástrofe precisam não só saber que ela está a caminho, mas onde buscar abrigo e como chegar até lá, diz o documento. O responsável pelas operações posteriores a desastres da Cruz Vermelha, Hisham Kagali, admite que as agências humanitárias podem fazer um trabalho melhor. Como exemplo, cita o caso recente de Níger, onde houve sinais suficientes de que a fome se agravaria muito em 2005.

"O que nós, como comunidade humanitária, não fizemos bem foi divulgar mensagens repetidas o suficiente, particularmente para os doadores, enfatizando que a situação provavelmente se agravaria de forma bastante rápida. Nós não fizemos um trabalho suficientemente bom nesse sentido e eu acho que aí há uma lição para o futuro", afirma Kagali.

Desastres naturais, incluindo enchentes, fome e furacões, afetaram 146 milhões de pessoas em 2004. A maioria dessas pessoas, cerca de 110 milhões, foram vítimas de fortes enchentes na Índia, Bangladesh e na China, informa o relatório.

 
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