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Ao se filiar ao PMDB, Delfim diz que confia no amigo Paulo Maluf

São Paulo - O deputado Delfim Netto (PMDB-SP) disse hoje "confiar" no ex-prefeito paulistano Paulo Maluf, amigo pessoal dele de longa data e que permanece preso na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo. "Gosto do Paulo Maluf e sou amigo dele. Confio nele", declarou Delfim em entrevista coletiva, após assinar filiação ao PMDB, deixando o PP, partido o qual Maluf presidiu por muitos anos.

Delfim reagiu mal às perguntas dos jornalistas sobre as conseqüências que o PP sofrerá após a prisão de Maluf. "Isso você tem que perguntar para o PP", respondeu, ao ser indagado se a prisão de Maluf representaria a morte da sigla em São Paulo. Depois, quando indagado se acreditava em Maluf, rebateu: "E o que tem a ver isso com a sobrevivência do PP?"

O deputado admitiu, na seqüência, que a saída do PP e a própria prisão de Maluf resultariam em perdas para a legenda. "E vai continuar perdendo", profetizou.

A saída da legenda a qual pertenceu por mais de 40 anos, passando transformação desde Arena, seguindo por PDS, PPR e PPB e, por último, PP, foi justificada por Delfim pelo fato de estar "convencido" de que o Brasil precisa de "poucos e fortes partidos".

"Precisamos de partidos nacionais, com raízes no eleitorado, capazes de mobilizar o eleitorado e capazes de apresentar ao eleitorado projetos de governo, durante o processo eleitoral, de tal forma com que aquele que for eleito estará recebendo, na verdade, uma autorização para executar seu programa", explicou. "Brasil precisa de partidos como o PMDB, não sectário, porque sectário não serve. Por isso, escolhi o PMDB", justificou.

No discurso proferido após a assinatura da ficha de filiação, Delfim disse que o "mundo mudou e nós mudamos (ele e o PMDB), e é isso que permite esta confraternização". "O PMDB conserva o espírito de luta e deve aplicá-lo em um programa inteligente voltado para o crescimento do País", acrescentou.

Dentro desta formulação da proposta de projeto nacional a ser formulada pelo PMDB e apresentada na eleição do próximo ano, o deputado admitiu que apresentará a proposta de déficit nominal zero para ser debatida dentro da legenda, mas que não fará nenhum tipo de imposição.

"Essa é uma proposta que precisaríamos ser bastante ousados para fazê-la. Espero que a gente possa discutir isso dentro do partido e, se ela vai prevalecer ou não, prefiro dizer de novo que não há nenhum sectarismo no partido e existem múltiplas visões de mundo. Foram essas múltiplas visões que me atraíram ao PMDB", afirmou.

Sobre uma eventual candidatura a presidente da República pelo secretário de Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, o deputado afirmou que preferia não aprofundar análise sobre a possibilidade porque estava chegando hoje ao PMDB. "Acho o Garotinho uma pessoa interessante, um candidato certamente forte e isso (candidatura presidencial) é o partido quem vai decidir. E, no partido, sou um em 800 mil votos", declarou.

 
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