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PT nunca tentou comprar ninguém, diz Genoino

Brasília - O ex-presidente do PT, José Genoino, ao iniciar hoje seu depoimento na CPI do Mensalão, no Senado, voltou a negar as acusações a seu partido, afirmando: "Nunca houve, no PT, qualquer tentativa de compra de voto a seu favor". Genoino afirmou ainda desconhecer qualquer movimentação financeira não contabilizada (caixa 2) feita pelo ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. "Nunca tomei conhecimento", repetiu, ao responder pergunta do relator da CPI, deputado Ibrahim Abi Ackel.

Genoino disse ter sido avalista apenas de dois empréstimos para o partido. Um, no valor de R$ 2,4 milhões, feito no BMG e outro de R$ 3 milhões, no Banco Rural.

O ex-presidente do PT explicou que os empréstimos foram feitos por Delúbio, que tinha delegação da Executiva Nacional para buscar no mercado financeiro recursos para cobrir despesas e dívidas.

Ele ressaltou que na condição de presidente do PT não tinha essa atribuição e que quando assumiu o cargo ficou fora de três atribuições: a de se envolver na distribuição de cargos; na administração do PT e no planejamento, arrecadação e ordenamento de defesas.

"Me concentrei na condição de representar o PT nos diretórios, na sociedade e com os partidos", disse. Genoino afirmou que sempre teve uma relação intensa com o governo para discutir programas, agenda política e objetivos políticos do partido.


Reformulações
José Genoino acredita que o partido tem força, substância e capacidade para fazer as reformulações necessárias e tirar lições de todo o episódio. Ele disse que está momentaneamente afastado da vida pública e fez um desabafo: "Não está sendo fácil".

Olhando para senadores e deputados que estão no plenário da CPI, Genoino lembrou que já esteve desse lado, interrogando. "Mas estou aqui sem raiva e com humildade. Não cometi crime, nem ilegalidade".


"PT não foi para o vale tudo"
O ex-presidente do PT continuou insistindo que nunca ouviu nem tratou da troca de apoio a projetos do governo por dinheiro e embora considere que fazer política é um risco, disse que o PT não fez política do "vale tudo" no governo durante sua gestão na presidência da legenda.

"Não fomos para o vale tudo para governar. Não fizemos o vale tudo na economia e nem no Congresso para negociar uma agenda política polêmica e difícil", afirmou Genoino, citando as reformas que foram aprovadas em 2003, quando o governo, sem maioria, precisou buscar votos em outros partidos e montar a base aliada.

Genoino disse que o PT fez um acordo com o PTB e outros partidos para as eleições municipais, mas negou que tivesse discutido repasse de recursos para o PTB. "Nunca discuti transferência de valores nem malas de dinheiro para o PTB", afirmou. Genoino negou também que o PT tivesse dinheiro no exterior. "O PT não tem conta, nem dinheiro no exterior", garantiu.

 
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