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Parlamentares farão faxina grossa no Congresso, diz Goldman

São Paulo - "Faremos uma faxina grossa. A faxina fina quem fará é a população na eleição do ano que vem", afirmou o líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), em entrevista ao ´Roda Viva´, da TV Cultura. Ele referia-se ao relatório preliminar da CPI dos Correios, que sugere a cassação de 18 parlamentares acusados de receber dinheiro de Marcos Valério, o operador do mensalão.

O tucano acredita que a lista não se limita a apenas 18 nomes, mas argumenta que não há provas dentro das CPIs que incriminem outros parlamentares. Para orientar a população a realizar a "faxina fina" nas eleições de 2006, Goldman comentou que está estudando meios de informar a população para que não vote em Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e em Carlos Rodrigues, o Bispo Rodrigues (PL-RJ). Os dois, para não perder ss direitos políticos, renunciaram aos seus mandatos. "Quero informar o povo para que decida se quer que eles voltem ou não ao Congresso."

Quanto ao posicionamento da oposição em relação ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que, mesmo acusado de receber um mensalinho do dono de um dos restaurantes da Casa, insiste em ficar no cargo, Goldman afirmou que os parlamentares estão de "mãos atadas". Mas que já possuem elementos suficientes para tirar o mandato de Severino. "Temos os testemunhos de pessoas, não só do dono do restaurante, mas de funcionários que levaram os envelopes (com dinheiro para pagar Cavalcanti). São elementos de prova tão importantes quanto qualquer outro documento", observou.

No que depender do PSDB, a cadeira de Severino Cavalcanti na Câmara não será alvo de disputa com outros partidos, raciocina Goldman. "Não queremos ganhar o jogo agora, mas no final do ano que vem, no processo eleitoral. Qual seria o benefício para o PSDB ter o presidente da Câmara agora?", indagou. Ele afirmou haver um acordo entre os partidos para estabelecer um candidato de consenso. O próprio presidente do PT, Tarso Genro, teria conversado com Goldman na semana passada sobre o assunto.

A mudança de foco da crise política do governo para a Câmara, por conta do episódio Severino, preocupa Goldman. A crise, para ele, está no meio, pois o elemento mais importante ainda não foi descoberto: a origem do dinheiro usado para o pagamento de propina. Há uma leve indicação, na opinião do deputado, de que o dinheiro saía do País rumo ao exterior e, de lá, voltava ao Brasil para as contas de bancos - como Rural e BMG - para pagar os parlamentares.

A CPI dos Correios, de acordo com o deputado, tem elementos que sugerem esse trânsito dos recursos, mas não existem provas, às quais ele acusa o governo de não estar ajudando a encontrar. "O governo não está ajudando nisso. Se quisesse rastrear, chegaríamos aos responsáveis", criticou.

 
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