Peça discute mistério da existência

Trazendo na bagagem dois Prêmios Shell, Deve Haver Algum Sentido em Mim Que Basta, da Cia. Teatro Autônomo, estréia hoje no Sesc Belenzinho

/Divulgação Espetáculo leva ao palco pequenas epifanias diárias

São Paulo - O mais recente espetáculo da Cia. Teatro Autônomo, Deve Haver Algum Sentido em Mim Que Basta que estréia hoje no Sesc Belenzinho, aborda o ato de ´se dar conta´, em plena rotina, do vazio da existência, sob o peso de perguntas como "quem sou? de onde vim? para onde vou?".

Se pode servir de referência aos paulistanos, esse espetáculo criado no Rio, chega à cidade trazendo na bagagem dois Prêmios Shell - de atriz para Gisele Fróes e para a cenografia assinada por Flávio Graff e Jefferson Miranda. O espetáculo recebeu ainda outras indicações a prêmio, entre elas a direção, também de Jefferson. Mais que isso porém, vale ressaltar que essa companhia, criada em 1989 com o espetáculo Sísifo, inspirado em ensaio filosófico de Albert Camus, vem desenvolvendo um importante trabalho de pesquisa de linguagem, numa busca constante de aprimoramento e renovação.

No palco, o público poderá acompanhar uma trama mínima, uma mulher que reencontra uma amiga que não via há sete anos. "Procuramos levar ao palco pequenas epifanias diárias, aqueles momentos do dia a dia em que involuntariamente se toca naquele vazio que está sempre lá. Porém queremos fazer isso não de forma trágica. Intencionalmente, buscamos as ações não expressivas, abrindo espaço para o espectador fazer suas conexões", diz Jefferson.

Deve Haver Algum Sentido em Mim Que Basta - Criação e interpret. Cia. Teatro Autônomo. Dir. Jefferson Miranda. 120 min. 18 anos. Sesc Belenzinho - Galpão 1 (40 lug.). Av. Álvaro Ramos, 915, Belém, 6602-3700, metrô Belém. Após o espetáculo, o Sesc disponibiliza gratuitamente uma van até a estação Belém do metrô. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 15. Até 14/8