Brasília - O presidente da Eletrobrás, Silas Rondeau, disse que não recebeu nenhum convite do governo para assumir o Ministério de Minas e Energia, com a possível saída da ministra Dilma Rousseff para assumir a Casa Civil da Presidência da República. "A ministra tem feito um excelente trabalho e está no meio de uma grande tarefa", disse Rondeau, referindo-se à implementação do novo modelo do setor elétrico. "É um trabalho que não pode ser deixado pela metade", avaliou Rondeau, durante intervalo do seminário "Energia e Meio Ambiente - Perspectivas Legais", que está sendo realizado em Brasília.
Ao ser questionado qual seria o melhor perfil para assumir o Ministério, Rondeau respondeu em tom de brincadeira: "tem de clonar a Dilma". Ele disse que ainda não fez nenhuma avaliação sobre o impacto de uma eventual saída da ministra Dilma Rousseff no andamento dos leilões de energia e de outras medidas necessárias para a continuidade da implementação do novo modelo.
Rondeau é um dos citados para substituir a ministra, porque atenderia tanto o critério técnico quanto político, já que é aliado do senador José Sarney e participa do comando da Eletrobrás na cota do PMDB.
Dilma se recusa a comentar indicação
"Sobre essa questão vocês não me pegam", reagiu nesta manhã, em Assunção, a ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, ao ser abordada pelos jornalistas sobre a possibilidade de assumir a Casa Civil da Presidência da República. "Não vou falar sobre isso", repetiu, diante da insistência dos repórteres.
Ela disse que na quarta-feira provavelmente estará em Washington para participar de uma reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre gasoduto. A ministra participa neste momento, ao lado do presidente Lula, da reunião de todos os presidentes dos países membros e associados do Mercosul, em Assunção, Paraguai.