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Dirceu acusa elites de complô e diz estar pronto para guerra

 

Robson Fernandjes/AE
São Paulo - Em reunião a portas fechadas com o Campo Majoritário do PT, grupo que abriga a ala moderada do partido, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu acusou a existência de um "complô das elites" para desestabilizar o governo, defendeu o PMDB como parceiro preferencial para a eleição de 2006 e, mais uma vez, criticou a política econômica. "Estamos vivendo uma luta de classes. Estão fazendo tudo para nos desestabilizar."

Encabeçada pela volta do ex-ministro à Câmara, o PT deu largada à ofensiva para atuar contra a oposição e garantir a sustentação ao governo. A linha é não deixar nenhum ataque sem resposta e preservar o patrimônio ético da legenda.

Com um discurso inflamado, Dirceu foi aplaudido duas vezes durante os 20 minutos em que falou para a platéia de petistas. Citou a oposição - especialmente PFL e PSDB -, aliada ao setor financeiro, como a principal articuladora do que chamou de "conspiração" contra o partido e o governo. O complô, na sua avaliação, teria como objetivo impedir a reeleição do presidente Lula, em 2006.

"Estou pronto para a guerra", avisou, ao destacar que vai defender a bandeira ética do PT, desgastada depois das denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).

Embora tenha elogiado os resultados do governo, Dirceu retomou os ataques à política econômica capitaneada pelo ministro Antonio Palocci. Insistiu que os juros não podem continuar altos porque inviabilizam o crescimento e a geração de emprego e renda. Além disso, atacou novamente o superávit primário, a economia para o pagamento dos juros da dívida.

O ex-ministro previu dificuldades pela frente, com problemas na base de sustentação do governo, e por isso defendeu o aumento do espaço do PMDB na equipe.

Diante de companheiros do partido que presidiu durante 8 anos - de 1995 a 2002 -, Dirceu procurou demonstrar ânimo. "Finalmente vou fazer o que sempre gostei", falou, ao lembrar que, a partir de agora, voltará para o ringue político. Depois, repetiu a frase que disse quando entregou o cargo, na quinta-feira: "A luta continua."

 
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