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Parada Gay lota as duas pistas da Avenida Paulista em SP

O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu que a cidade "tem os braços e a mente abertos às diferenças e às diversidades" e não exerce discriminação
São Paulo - Uma multidão lota as duas pistas da Avenida Paulista na nona Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), que se tornou, no ano passado, o maior evento do gênero no mundo. Os organizadores previam a participação de dois milhões de pessoas na marcha, mas o número exato só será conhecido no fim do trajeto, que é de 3,5 quilômetros - da Paulista à Consolação, com término na Praça da República, no centro.

A parada começou às 14h25, logo depois da execução do Hino Nacional num palco montado em frente ao prédio da TV Gazeta. Último orador a falar no ato de abertura da Parada Gay, o professor Jean Wyllis, vencedor de um reality show de televisão, defendeu a luta contra o preconceito. Enquanto ele falava, houve chuva de papéis picados brilhantes e um som mais animado.

O secretário estadual de Justiça e da Defesa da Cidadania, Hédio Silva Junior, um dos participantes da marcha, informou que o governo vai anunciar em breve uma série de ações de combate à discriminação homofóbica. Segundo Hédio Silva Junior, uma comissão especial para atender a queixas deste gênero funciona desde 2001 na secretaria, tendo atendido a 32 casos nesse período.

Pedidos

Enormes cordões de balões coloridos enfeitam o local, mas, apesar do tom festivo, a Parada tem cunho político-social, expresso inclusive no tema desta nona edição: "Parceria civil já e direitos iguais, nem mais nem menos". Os líderes do movimento pretendem tirar desse evento a força de que necessitam para arrancar da gaveta o projeto de lei que prevê a extensão dos direitos civis entre casais heterossexuais para casais homossexuais.

O presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT, Reinaldo Damião, informou que o projeto de lei "está parado nas mãos do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ)". O projeto foi apresentado, em sua versão original, pela ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, quando esta ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados.

De acordo com Damião, o movimento pretende colher 1,2 milhão de assinaturas até novembro próximo para que a matéria seja retomada: "Com esse abaixo-assinado, queremos pressionar o Congresso e colocar a proposta em votação." Ele se queixou das discriminações sofridas pelos gays e apontou São Paulo como a cidade do país onde comportamentos homofóbicos mais se fazem presentes.

Contrariamente a esse ponto de vista, o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu que a cidade "tem os braços e a mente abertos às diferenças e às diversidades" e não exerce discriminação. Serra se pronunciou após dar as boas-vindas aos manifestantes no ato de abertura.

 
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