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Comissão da Câmara aprova fim do nepotismo no País

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou seis emendas à Constituição que proíbem a contratação de parentes até segundo grau nos três Poderes da União, Estados e municípios. O fim do nepotismo foi aprovado em votação simbólica e pela unanimidade dos deputados presentes à reunião. A sessão teve momentos de tensão e uma farta troca de ironias entre parlamentares do governo e da oposição.

O deputado Jair Bolsonaro (PFL-RJ), que não ficou para a votação, fez um discurso defendendo o nepotismo. "E as amantes? Vão ficar de fora? A minha companheira já trabalhou comigo, mas agora não trabalha mais. Ela é uma pessoa competente. Não casei com uma jumenta", disse Bolsonaro, afirmando que a votação era uma "palhaçada" e "hipocrisia".

O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA)defendeu o fim do nepotismo, mas disse que é preciso acabar com o "nepetismo", que, segundo ele, é o aparelhamento da máquina pública em cargos de confiança com filiados e apadrinhados do PT. "O deputado ACM Neto é meu amigo, mas o que ele fez ultrapassa o limite da pura maldade e entra no campo da malvadeza", rebateu o deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP).

O ex-líder do governo, professor Luizinho (PT-SP), bateu boca, com a deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP). A tucana disse que hoje há mais parentes empregados no Poder Executivo do que no governo anterior. "Nunca vi tanta mulher de ministro trabalhando nos ministérios", disse Zulaiê.

"Nosso governo não tem genro que, depois que deixa de gostar da filha do homem, é mandado embora", rebateu Luizinho, referindo-se ao ex-genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Davi Zylberstein, que deixou a presidência da Agência Nacional do Petróleo (ANP) depois que se separou de uma filha do ex-presidente FHC.

O relator das proposta, deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG)está confiante de que a aprovação por unanimidade do fim do nepotismo é uma sinalização de que a proposta será aprovada facilmente na comissão especial que ainda vai ser criada para tratar do assunto, e, depois, no plenário da Câmara.

 
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