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Peta ganha importância no mundo da moda

Estola de pele no último desfile de Sonia Rykiel, em Paris
O consumo de peles de animais na moda atinge níveis nunca vistos e a preocupação politicamente correta dos anos 90 em relação ao uso foi enterrada há muito tempo, mas a principal organização de proteção aos animais ganha novo impulso. A People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), organizadora de protestos e campanhas contra empresas de roupas e redes de fast food, tem tido bons resultados ao usar a internet para divulgar suas causas e atrai cada vez mais celebridades para chamar atenção.

No final dos anos 90, as supermodelos que haviam dito que preferiam ficar nuas do que vestir peles (Naomi Campbell, Cindy Crawford e outras) deixaram o ativismo de lado e preferiram aceitar os gordos cheques vindos de marcas de casacos de pele. Em 2002, no entanto, Gisele Bündchen foi alvo de um protesto durante um desfile da Victoria"s Secret, por ter feito anúncio para a marca Blackglama. Ela acabou se arrependendo de ter feito a promoção: em entrevista à Vanity Fair, disse que o trabalho foi uma "má decisão". "Eu nem uso peles", disse a brasileira.

Nos últimos tempos, a Peta organizou novos ataques a Anna Wintour, a poderosa editora da Vogue americana, e Donatella Versace, em campanhas que traziam fotos que jamais seriam aprovadas por elas, acompanhadas do slogan: "Peles são usados por animais bonitos e pessoas feias."

O atual alvo da organização é Jennifer "J.Lo" Lopez, que é tão fã de casacos de pele que também produz várias peças para sua marca de roupas. A Peta produziu o web site "The J.Lowdown", em que critica a atriz e cantora. A campanha já rendeu pelo menos uma situação embaraçosa para a estrela. Durante uma entrevista ao vivo de rádio para divulgar o novo disco, ela foi confrontada pelos apresentadores. Dizendo estar "aberta para ser educada" sobre a crueldade com que animais são mortos para o uso de peles, acabou passando o resto da entrevista calada em uma aula sobre raposas que têm suas peles tiradas ainda vivas e chinchillas eletrocutadas.

A lista das celebridades que dão apoio às ações da Peta hoje em dia é longa: Chrissie Hynde, Pamela Anderson, Dennis Rodman, Moby, Pink, Anna Nicole Smith e os Beastie Boys são alguns deles. Sarah Jessica Parker disse em várias entrevistas que ao contrário de Carrie Bradshaw, sua personagem em Sex and the City, ela jamais usaria casacos de pele. No mundo da moda, uma das poucas ativistas é Stella McCartney, que se recusa a usar peles - ou até mesmo couro - nas roupas de suas marcas.

A cantora dos Pretenders está atualmente fazendo campanha contra a marca italiana Benetton. Ela está em guerra com a marca de Luciano Benetton por causa do uso de lã da Austrália. Segundo a ambientalista, que já fez protestos para pressionar a Gap a parar de usar couro de vaca do mercado negro da Índia, ovelhas e carneiros merino da Austrália sofrem muito. Ela diz que a lã é retirada de maneira cruel, "o que não condiz com uma grife que tem tanta responsabilidade social como a Benetton", de acordo com a cantora.

A atenção que a Peta vem ganhando na mídia novamente tem dado resultado. No ano passado, a grande marca americana Abercrombie & Fitch anunciou que não vai mais usar lã australiana em suas roupas. A marca Forever 21 desistiu de usar peles, assim como a rede de lojas inglesa Popshop.

As ações da Peta envolvem vários assuntos relacionados aos animais. Além do consumo de peles e a criação industrial de galinhas para redes de fast-food como o KFC, eles condenam também eventos como a Farra do Boi, no Brasil, e o uso de animais em circos.

 
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