São Paulo - Nem mesmo a chuva foi capaz de atrapalhar o ato litúrgico realizado no Pátio do Colégio, centro de São Paulo, para lembrar o sétimo dia do assassinato da missionária americana Dorothy Mae Stang, morta no último dia 12 por pistoleiros no sul do Pará.
Com cerca de 200 pessoas, a palavra de ordem do evento foi a luta por justiça e pela paz. Organizado pela Conferência dos Religiosos do Brasil, o ato contou com orações, canções e palavras de ordem que lembravam a memória da irmã Dorothy. Faixas como "Irmã Dorothy, mártir da terra" eram exibidas na manifestação.
A questão da reforma agrária foi lembrada em todos os momentos de oração, inclusive com a participação de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). "Temos que reforçar a união dos religiosos, porque todos eles foram agredidos com essa morte", lembrou Antonio Carlos Fester, secretário-geral da Comissão Justiça e Paz de São Paulo.
Para o padre Roberto Rosalino, que realizou as orações, o evento serviu para lembrar a memória da irmã Dorothy e para "recordar o chamado e a vocação dos religiosos". A Conferência está acompanhado, por meio de sua sede no Rio de Janeiro e de sua Regional em Belém, no Pará, as investigações sobre o assassinato da missionária.