São Paulo - Cinco dias depois do assassinato da freira norte-americana Dorothy Stang, no Pará, o governo anunciou um pacote de medidas para proteger 13 milhões de hectares da Amazônia. Em entrevista ao Jornal das Dez, da "Globo News", o diretor de florestas do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, contou que as ações - seis decretos e duas Medidas Provisórias - já estavam planejadas e em andamento, mas o assassinato antecipou a implementação das medidas do governo contra a violência e o desmatamento que assolam a região.
"A morte da irmã Dorothy está ligada às ações do governo naquela região e, com as medidas, queremos demonstrar força e determinação em não arredar o pé do que vem sendo feito", frisou. Azevedo explicou que serão instaladas 19 bases de trabalho integrado na região, envolvendo a Polícia Federal, o Incra, os ministérios do Trabalho, do Meio Ambiente e o do Desenvolvimento Agrário, para combater a grilagem, o trabalho escravo e as atividades ilegais de extração vegetal e desmatamento.
Dois mil homens do Exército também estão fiscalizando a região, além de estar sendo usada a estrutura tecnológica do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aparato tecnológico do Inpe, conta Azevedo, permite a detecção em tempo real de pontos onde está ocorrendo desmatamento.