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Ex-premier do Líbano tinha negócios no Brasil

Beirute - Rafic Hariri, o magnata que se tornou o político mais influente do Líbano, tinha 60 anos. A vasta fortuna de Hariri, avaliada em US$ 4 bilhões, lhe permitia manter uma posição política independente sem desafiar o principal fiel da balança do país, a Síria, que mantém cerca de 15 mil soldados no Líbano e influencia virtualmente todas as decisões políticas importantes. Única pessoa física no mundo a ter dois Boeings para uso particular, Hariri tinha negócios em todo o mundo e pretendia expandir a presença de suas empresas no Brasil.

Um desses empreendimentos, o condomínio-fazenda Vila Real, de Itu (SP), foi financiado pela empresa Serab, que no Brasil representava o Banco Mediterranée, do qual Hariri era o presidente. O loteamento passou ao controle da Serab após uma negociação com o megainvestidor Naji Nahas. Durante a última visita oficial ao Brasil, em 2003, Hariri manifestou a intenção de ampliar seus negócios no País, principalmente nas áreas imobiliária, mídia e seguros. O responsável pelas operações do Mediterranée no Brasil é Suhail Yamut, um dos braços direitos de Hariri. Consultados assessores de Yamut disseram que ele estava em choque e não daria declarações.

Originário de família pobre, Hariri se tornou construtor depois de abandonar o curso de contabilidade. Na década de 70, venceu a concorrência para construir palácios e mesquitas para o governo saudita, para quem passou a trabalhar com freqüência. Sua fortuna se multiplicou e seus negócios se diversificaram - e incluíam da participação acionária em conglomerados como a Chrysler e o Citibank até a propriedade das principais emissoras de TV em língua árabe.

 
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