Ministro israelense recomendará prisão de extremista judeu

Jerusalém - O ministro de Segurança Interna de Israel, Gideon Ezra, anunciou que recomendará a prisão preventiva de Itamar Ben Gvir, um ativista da extrema direita israelense, com o objetivo de combater as ameaças contra simpatizantes de um plano de retirada dos territórios palestinos ocupados, defendido pelo primeiro-ministro Ariel Sharon. Ben Gvir, do proscrito Partido Kach, será mantido em regime de detenção administrativa, uma medida raramente adotada pela Justiça israelense e que permite ao governo manter pessoas presas por tempo indeterminado e sem a necessidade de indiciamento ou abertura de processo.

Ben Gvir, um destacado líder da extrema direita de Israel, discutiu brevemente com os guarda-costas da ministra de Educação Limor Livnat na semana passada, depois de acusá-la de pouco fazer para conter o plano de Sharon, que prevê o esvaziamento de todos os assentamentos judaicos da Faixa de Gaza e de quatro pequenas colônias em pontos isolados da Cisjordânia. Em seguida, Ben Gvir afirmou que ele e seus aliados "perseguiriam fisicamente" todos os membros do governo favoráveis ao plano de retirada.

Em entrevista à Rádio Israel, Ezra disse que não se pode permitir que Ben Gzir continue agindo dessa forma. "Esse camarada perdeu toda a noção do que é permitido pela lei", afirmou. "Depois de analisar todo o material sobre esse assunto, pretendo recomendar que ele seja mantido de acordo com os protocolos do regime de detenção administrativa."