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Anos 50: entenda a década que marcará este inverno

Feminina: vestido rodado é um dos símbolos da década
Entre tantas influências e tendências observadas nos desfiles do São Paulo Fashion Week e do Fashion Rio neste inverno 2005, o estilo feminino e romântico dos anos 50 foram os traços mais presentes entre as coleções dos estilistas e das grifes.

A moda dos anos 50 foi marcada pelo retorno da feminilidade ao guarda-roupa das mulheres. Obviamente, as roupas femininas não haviam sido completamente esquecidas. Porém, a II Guerra Mundial levou os homens ao campo de batalha, e a necessidade de países como Estados Unidos, França e Inglaterra de manterem alta a produção industrial obrigou as mulheres a ocuparem os postos de trabalho deixados pelos homens. Assim, no final dos anos 40 houve uma certa "brutalização" das roupas femininas.

Com o fim da guerra, a mulher esperava a volta da feminilidade e da sofisticação. Dessa forma, estilistas e marcas voltam a focar suas criações na mulher feminina, romântica, dona-de-casa, esposa e mãe. A mulher dos anos 50 se tornou mais glamourosa. O new look de Christian Dior, surgido em 1947, ganhava o mundo. Os vestidos eram feitos com muito tecido, eram amplos, descendo até os tornozelos, e com cintura bem marcada. Nos pés, sapatos de salto alto. Luvas e acessórios como peles e jóias completavam o visual das mais chiques.

Saias como estas, em corte A (cintura fina, barra mais larga, meio godê certas vezes), foram as peças mais exploradas por estilistas das duas semanas de moda mais importantes do Brasil. Não tão longas, as saias ¿A¿ vieram rodadas, em tecidos leves, com poucas estampas e bons caimentos. Surgem com blusas, casaquinhos e suéteres leves.

Maisons e indústria da beleza
Por conta dessa busca pela elegância e pela mulher feminina, os anos 50 viram surgir a indústria dos produtos de beleza. Grifes como Revlon, Estée Lauder, Helena Rubinstein e outras investiram pesado em batons, bases, sombras, lápis para olhos e sobrancelhas, rímel, delineadores, tintas para cabelos e perfumes.

A década de ouro foi o momento de concretização de grandes estilistas e grifes. Hubert de Givenchy, Chanel, Dior, Cristobal Balenciaga, Pierre Balmain, Madame Grès, Jeanne Paquin, Robert Piguet, Jacques Fath, Jean Desses, entre outros, deram início a impérios, muitos dos quais se sustentam ainda hoje. Nos anos 50, a alta-costura de Paris invade o mundo. Já o prêt-à-porter ganha ares sofisticados na Itália e na Inglaterra.

No cinema, atrizes levavam para as grandes telas de todo o mundo criações inovadoras de estilistas reconhecidos. A atriz Audrey Hepburn e o estilista Hubert Givenchy formaram a dupla mais bem-sucedida desta época. A personagem Holly Golightly de Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany¿s) marcou uma geração inteira não apenas pelos pretinhos básicos e chiques que usava, mas também pela sua classe. Além de Hepburn, atrizes como Marilyn Monroe, Brigitte Bardot, Grace Kelly, Rita Hayworth e Ava Gardner eram símbolos de estilo, beleza e sensualidade.

Na fotografia de moda, Richard Avedon, Willian Klein e Irving Penn já trabalhavam para maisons e revistas de moda, como Vogue e Elle.

Rebeldia em couro e jeans
Mas os anos 50 não foram apenas de glamour e feminilidade. A década que viu o rock"n"roll nascer também abrigou rebeldes sem causa, motoqueiros vestidos em jeans e couro e meninas ansiosas por dirigir conversíveis usando calças cigarrete, sapatos baixos, óculos escuros, lenços e fumando cigarros.

Nos 50, a juventude, especialmente a norte-americana, buscava sua própria moda, sua própria identificação. O estilo colegial (não confundir com uniformes de colégio) originou o atual streetwear.

Novamente, o cinema foi o porta-voz da cultura norte-americana. Garotos de todas as idades se identificavam com a rebeldia de James Dean em Juventude Transviada e com a displicência e sensualidade bruta de Marlon Brando em Um Bonde Chamado Desejo. Até mesmo as camisetas justas e as jaquetas de couro que se multiplicavam no filme Nos tempos da Brilhantina, feito nos anos 70, mas retratando os 50, mostram bem o look da época. Camiseta branca ou preta, jaquetas de couro estilo Perfecto e jeans surrado e justo eram as chaves do código juvenil masculino.

 
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