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S. Caetano define estratégia de defesa

São Paulo - O São Caetano já tem a estratégia de defesa definida no processo movido na Justiça Desportiva para investigar a morte do zagueiro Serginho. Ameaçado de perder 24 pontos por, supostamente, ter omitido o problema cardíaco do jogador e inscrevê-lo na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o clube vai atacar o relatório apresentado pelo auditor Luiz Geraldo Lanfredi no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O advogado João Zanforlin, contratado pelo clube paulista, pretende desqualificar o artigo 214 (incluir um atleta que não tenha condição legal de participar de partida) - um dos quais o São Caetano foi denunciado. Além disso, vai demonstrar que o relatório traz argumentações “inconclusas”.

“Se o artigo (214) for considerado para este caso, o Atlético-PR deveria ser rebaixado imediatamente”, diz ele, referindo-se ao atacante Washington, que tem problemas cardíacos e continua jogando normalmente. “Com um agravante: o Atlético-PR sabe do problema já há muito tempo”, acrescenta.

Mas Zanforlin quer mesmo é contestar o relatório de Lanfredi. Segundo ele, não existe um documento sequer comprovando que o jogador tinha um problema grave e que não podia jogar por causa disso.

“No início ele (o relator) diz que o jogador teria sido informado ‘pessoalmente’ do problema. Em seguida, afirma que há ‘sinais’ de que o São Caetano teria sido informado, ou ainda, que haveria ‘indícios’ de que Nairo (Ferreira, presidente do São Caetano) sabia do problema”, diz o advogado. Para ele, a acusação precisaria apresentar um documento demonstrando de maneira incontestável que o jogador estava impossibilitado de jogar.

“Algo tão grave assim não pode ser tratado de maneira informal. Era o tipo de coisa que teria de haver um documento, com protocolo e tudo. Se existisse um documento assim, o São Caetano jamais iria escalar o jogador”, acrescentou.

Zanforlin diz que pretende ainda requisitar depoimentos de pessoas próximas a Serginho. “Até a mulher dele declarou que não sabia do problema. A mãe dele também, além de outros jogadores”.

ARMAÇÃO - O advogado diz não acreditar na tese de armação para beneficiar clubes do Rio - especialmente Flamengo e Botafogo - ameaçados pelo rebaixamento. “Não vejo armação. Até porque, se houver, vamos ter de fechar o futebol brasileiro. Mas não acredito. Com toda essa onda de moralização não é mais possível falar em armações”, disse.

O clube ainda não foi notificado formalmente sobre o julgamento. Isso só deverá ocorrer a partir da semana que vem, quando a denúncia for oferecida oficialmente.

O Artigo 214 determina que o clube perca o dobro do número de pontos previstos no regulamento da competição para o caso de vitória, além de multa entre R$ 5 mil e R$ 50 mil. Se perder os 24 pontos na tabela de classificação, o São Caetano passaria de 74 para 50 pontos e, da briga pelo título, passaria a lutar para não cair.

 
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