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Juvenal ainda crê no título do São Paulo

São Paulo - Presidente do São Paulo de 1988 a 1990, Juvenal Juvêncio foi convidado por Marcelo Portugal Gouvêa a assumir a direção de futebol do clube há um ano e meio, quando o então vice-presidente Márcio Aranha fazia ácidas críticas a Carlos Augusto de Barros e Silva, que respondia pelo departamento de futebol.

Juvêncio assumiu e mostrou que o futebol do São Paulo tinha um responsável que não admitia contestação. Aranha acabou pedindo demissão e o novo cartola montou o time que disputaria a Libertadores. Rejeitou a contratação de Rivaldo e tratou das transferências de Kaká para o Milan e Luís Fabiano para o Porto. Hoje, mesmo com um elenco modesto, diz acreditar na conquista do título. Não se ofende com críticas e adora um uísque.

 - O senhor é um ditador?

Juvenal Juvêncio - Não. Apenas procuro atender ao "ônus público" do cargo que exerço. O Brasil tem uma desigualdade brutal e uma distribuição de renda capenga. E o futebol, por ser o esporte nacional, toma grandes proporções. É o que une o pé descalço e o engravatado. Por isso, precisa de seriedade. E quem é sério é chamado de ditador.

 - O senhor não consultou ninguém para desistir do Rivaldo.

Todo brasileiro ama futebol, mas só 1% entende de futebol. E há dirigentes que levam a paixão do estádio para as decisões que envolvem o clube. Quando envolvem as suas empresas, não fazem essa confusão. Não havia condições de pagar o que o Rivaldo queria receber.

 - E quanto era?

Não sei. Nem perguntei. Ele havia recusado uma oferta de US$ 8 milhões para jogar dois anos no Japão. Não dá para pagar.

 - Jogador ganha muito?

Ganha. Seria bom ter um teto respeitado por todos os clubes, mas não tem. Então, quem quiser fazer loucuras, que faça. O São Paulo não as fará.

 - O senhor já está pensando nos reforços do ano que vem?

É cedo. Logo, vamos entrar em fase de análise e de consultas a amigos que temos espalhados em todo o País. Depois, vamos atrás. Nós sabemos contratar. Temos o DNA de todos os jogadores do Brasil.

 - O senhor gostou das contratações que fez no início do ano?

Gostei de todas. Aprovo todas. Só que gostei mais do Rodrigo, um zagueiro sensacional que a mídia não dá valor. Jogador de Seleção. Quando o Sampaio veio, os jornalistas falavam que ele era velho. Depois de três jogos, disseram que ele é sensacional.

 - Qual posição será reforçada?

É óbvio que precisamos de alguém para o lugar do Luís Fabiano.

 - Se é óbvio, por que não contrataram antes de ele sair?

Ele disse que ficaria. Depois, resolveu sair. Não deu para segurar e não havia substitutos no mercado.

 - Por que contratar um atacante venezuelano (Rondón)?

Tem jogador bom em todo lugar do mundo, e ele é bom. Estuda Engenharia. Vai fazer sucesso aqui.

 - O senhor se decepcionou com o Ricardinho?

Lógico. Aliás, não fui eu quem trouxe. Ele veio para o São Paulo e deixou a emoção no Corinthians. Jogava sem alegria. Não dá certo.

 - O São Paulo caiu em 90, sob seu comando?

Mentira. Não existia queda para a Segunda Divisão do Paulista. Era diferente, havia dois grupos. E isso foi em agosto. Eu saí em abril.

 - É verdade que o senhor gosta de uísque?

É verdade. Você não gosta? Se não gostar, é problema seu.

 
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