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Liderança não deslumbra Figueirense

Florianópolis - "Quem viver verá! Figueira 2004,2005,2006..." A inscrição em uma faixa instalada há cerca de quatro meses em um dos dois principais acessos ao estádio Orlando Scarpelli, produzida por um grupo de torcedores da velha guarda do Figueirense, reflete o sentimento de cautela presente, também, entre os jogadores e comissão técnica do alvinegro catarinense. Pela segunda vez na condição de líder isolado em onze rodadas disputadas no Campeonato Brasileiro da Série A, o Figueirense é só tranquilidade.

Alheios a euforia que predomina na maioria de torcedores, os jogadores querem mais é se concentrar na manutenção da boa campanha. E o segredo para a regularidade da equipe - que se mantém entre os seis primeiros colocados desde o início da competição - está fundamentalmente associada ao respeito mútuo existente entre jogadores e a coerência que tem caracterizado o comportamento da comissão técnica.

O técnico Dorival Júnior vem se revelando o grande líder do time. Ele conseguiu armar taticamente a equipe de modo a jogar de igual para igual, dentro ou fora de casa, contra adversários outrora temíveis pelas suas tradições que representam no futebol brasileiro. Derrotado por 3 a 0, o Flamengo foi a última vítima, sábado, em Volta Redonda/RJ.

Nas seis partidas disputadas fora de casa, o Figueirense obteve três vitórias (Atlético/PR, Ponte Preta e Flamengo), um empate (Botafogo/RJ) e duas derrotas (Vitória e Goiás). Já em casa, foram cinco jogos sem nenhuma derrota: venceu Internacional, São Caetano e o Santos e empatou com o Paysandu e o Cruzeiro.

No total foram seis vitórias, três empates e duas derrotas que, fora ou em casa, atestam o equilíbrio enaltecido pelo técnico Júnior. "Conseguimos alcançar um equilíbrio sem oscilar."

Segundo o treinador, a experiência de jogadores como os zagueiros Márcio Goiano, Cleber e o meia Sérgio Manoel, está ligada à cumplicidade dos mais jovens, como o lateral-esquerdo Filipe, jogador revelado nas categorias de base do clube.

A regularidade do time também está associada à manutenção dos mesmos jogadores ao longo das partidas. São poucas as substituições efetuadas, fruto de um trabalho extra-campo que valoriza a disciplina e também o respeito às valências físicas de cada atleta, que são sustentadas por constantes avaliações individuais com base em estudos científicos, com suporte do Centro de Educação Física e Desportos (Cefid) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Uma das demonstrações de frequência em campo é o goleiro Edson Bastos.

Ele é o recordista de jogos seguidos no Figueirense. No ano passado, foram 51 partidas ininterruptas (Campeonato Catarinense, Copa do Brasil, e Brasileiro) e em 2004 alcançou o 82º jogo sem ser substituído. O goleiro estreou no time principal no dia 11 de setembro de 2002 na derrota para o Vitória/BA por 2 a 0. De lá para cá, o Figueirense jogou 116 partidas e Edson atuou em 115.

Outro fator relevante à performance técnica da equipe é o suporte administrativo. O presidente do clube, Norton Boppré, acrescentou que as condições de trabalho oferecidas aos atletas são as melhores possíveis. Destacou a fidelidade para com o pagamento dos salários e premiações como quesito básico para dar segurança aos jogadores desenvolverem o melhor de suas habilidades. "Todos gozam de um ambiente favorável. Esta é uma de nossas fórmulas do sucesso."

Além do aspecto social dispensado aos atletas e todos os funcionários do clube, o dirigente destacou que o Figueirense está tirando proveito de uma nova era que se apresenta no futebol brasileiro. Destaca o investimento em vários segmentos feitos no clube ao longo dos últimos cinco anos e que o resultado de tudo está aparecendo nos dias atuais. "O Figueirense se adequou à modernização de sua estrutura em vários aspectos, enquanto muitos outros clubes dormiram no ponto."

 
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