Clique aqui no logo para voltar ao início
no site na web
E-mail: Senha: Lembrar senha

Simplicidade é segredo da Ponte Preta

Campinas - A principal surpresa paulista no Campeonato Brasileiro é a Ponte Preta, que fechou a 11ªrodada na vice-liderança, com 20 pontos, um a menos do que o Figueirense, a maior zebra até agora. É difícil acreditar neste handicap do time campineiro, que ano passado só escapou do rebaixamento na última rodada e deixou sua imagem arranhada por não cumprir seus compromissos com jogadores e beirar à falência.

Para entender esta mudança da água para o vinho é preciso reviver os acontecimentos. No início da temporada, a diretoria abandonou os débitos anteriores, principalmente com jogadores, à luz da Justiça do Trabalho. E começou nova caminhada, dentro de um processo de redução de custos que, num primeiro momento, cortou 40% dos R$ 800 mil gastos por mês.

"Trabalhamos com os pés nos chão, mesmo assim ainda temos um déficit em torno de 15% em nosso orçamento", explica o diretor executivo, Marco Antônio Eberlin , vice-presidente de futebol.

"Nunca tive problema de pagamento aqui no clube", diz o zagueiro Alexandre, emprestado pelo Palmeiras, junto com o centroavante Anselmo e o volante Flávio. Com salários adequados à realidade, o departamento de futebol estabeleceu, junto com o técnico Estevam Soares, um planejamento para toda temporada. Houve uma pré-temporada com reforço da preparação física, técnica e tática para o Campeonato Paulista, quando o time já surpreendeu ao chegar nas quartas-de-finais sendo eliminado pelo Paulista, em Jundiaí.

A mesma dose foi repetida no Campeonato Brasileiro, de novo, sob o comando de Estevam Soares. "A Ponte tem um elenco simples, mas onde cada jogador tem consciência de sua limitação e se supera dentro de campo", comentou Soares, agora no Palmeiras.

Quando ele deixou o clube, a Ponte tinha 14 pontos e estava na sexta posição. A diretoria vacilou ao não indicar novo técnico rapidamente. Ficou um jogo sob o comando do supervisor Ronaldão de Jesus, perdendo em casa para o Juventude, por 1 a 0. Na estréia de Marco Aurélio Moreira, ainda pouco afeito ao elenco, outra derrota em casa, desta vez para o Figueirense, por 2 a 0.

"Tentei deixar o time mais ofensivo, com dois volantes e dois meias. Mas não deu certo e voltei a colocar a Ponte na defesa", reconhece Marco Aurélio, que escalou três zagueiros e três volantes nas duas últimas rodadas quando venceu Botafogo, por 1 a 0, em Niterói, e domingo o Cruzeiro, por 1 a 0, em Campinas.

Pouco afeito a dar entrevistas, Marco Aurélio provocou polêmica ao dizer que "até agora a Ponte somou todos pontos na sorte". O experiente volante Marcus Vinícius logo saiu em defesa do técnico: "Ninguém vence jogos se não tiver competência, dedicação e uma boa dose de sorte".

Apesar da controvérsia, existe a perspectiva positiva de que o time possa manter-se entre os primeiros colocados, um luxo para quem iniciou a competição só pensando em evitar o rebaixamento para a Série B. "Desde que mantenha a mesma disposição", receita Marco Aurélio.

Para o próximo jogo, diante do São Paulo, o técnico não poderá contar com dois jogadores: o zagueiro Gustavo e o volante Marcus Vinícius. Eles devem ser substituídos, respectivamente, por Rafael Santos, recuperado de contusão, e Ângelo.

 
Enviar para um amigo Imprimir
 
Voltar

JORNAL O TRABUCO

redacao@otrabuco.com.br
  Nipotech Brasil Tecnologia