Lisboa - Nos números e no papel, a República Checa é o melhor time da competição. Ganhou os quatro jogos que disputou - três deles de virada -, marcou 10 gols, tem o artilheiro do torneio (Baros, com cinco gols), mostra o futebol mais bonito, tem um técnico corajoso e um banco de reservas de qualidade.
A força dos checos ficou clara em duas partidas. Contra a Holanda, na segunda rodada, o time perdia por 2 a 0 em 20 minutos e virou para 3 a 2 graças às substituições ousadas feitas por Karel Brueckner.
No jogo seguinte, contra a Alemanha, o técnico escalou nove reservas para não correr o risco de perder jogadores importantes para o jogo das quartas-de-final - o time já tinha garantido o primeiro lugar da chave. E venceu de virada por 2 a 1, mandando os vice-campeões do mundo para casa e provocando a demissão do técnico Rudi Voeller.
O ponto forte do time é a qualidade técnica e o entrosamento de cinco jogadores que atuam do meio-de-campo para a frente: Poborsky, Nedved, Rosicky, Baros e Koller.
O retrospecto contra os gregos, adversários na semifinal, é animador. Em seis confrontos, foram cinco vitórias e um empate.