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Vágner Love: vida de gols e baladas

São Paulo - A carreira meteórica de Vágner Love foi marcada por baladas e gols. Descoberto pelo empresário Evandro Ferreira, no Rio de Janeiro, o atacante só ganhou projeção quando passou a vestir a camisa do Palmeiras, em 2001, onde virou sinônimo de talento.

Antes disso, Vágner autou no Bangu (dos 8 aos 10 anos), no Vasco (dos 12 aos 14) e no São Paulo (com 16 anos). Ficou no Morumbi só por cinco meses, ainda como amador. Consta que o São Paulo não aceitou repassar aos empresários Gilmar Rinaldi e Evandro Ferreira 40% dos direitos federativos do atacante.

O Palmeiras topou a parceria e se deu bem. Vágner explodiu no Parque Antártica. Transformou-se no principal jogador do time. Artilheiro implacável, valorizou-se como nenhum outro e foi vendido ao CSKA, da Rússia, por U$ 7,5 milhões.

Apesar do sucesso precoce nos gramados, Vágner também ficou conhecido pela fama de mulherengo. Em janeiro de 2003, época em que ainda atuava nos juniores, o atacante, que tinha 18 anos, foi flagrado com uma mulher na concentração, em São José dos Campos, na véspera do jogo contra o Joseense, pela Copa São Paulo. Foi afastado pelo técnico Karmino Colombini, apesar dos números fantásticos do jogador no Campeonato Paulista sub-20 do ano anterior: 32 gols em 21 jogos.

O afastamento não chegou a 20 dias. Na véspera do jogo contra o União Barbarense, no Parque Antártica, pelo Campeonato Paulista de 2003, Muñoz torceu o tornozelo e o técnico Jair Picerni resolveu resgatar o garoto. "Ele é um menino, está descobrindo a vida agora. Tem o perfil que eu desejo. É um jogador que bate para o gol e tem muita vontade".

Vágner já tinha deixado uma boa impressão desde a sua estréia no time de cima, em setembro de 2002, ano do rebaixamento, na derrota para o Paraná, por 5 a 1, no Campeonato Brasileiro, em Curitiba.

Jair apostou certo. Vágner tomou conta da posição e se transformou na maior sensação da equipe em 2003. Foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série B, com 19 gols e ajudou a reconduzir o Palmeiras à série A. No mesmo ano, disputou os Jogos Panamericanos de São Domingos e voltou com a medalha de prata pela Seleção Brasileira.

Logo depois, em outubro, já em alta como titular do Palmeiras, surpreendeu ao trocar de empresário. Dispensou Gilmar Rinaldi e passou a trabalhar com Cláudio Guadagno, que ofereceu vantagens financeiras. O Palmeiras, no entanto, manteve a parceria com Gilmar e os 40% dos direitos federativos do atacante cedidos ao antigo procurador.

Em março de 2004 Vágner aprontou de novo. O jogador, que se recuperava de uma lesão na coxa esquerda e ainda tomava medicamentos, foi flagrado se divertindo na Cervejaria Vintém, em Bragança Paulista, às 3h30. Pior: era a semana do jogo decisivo contra o Paulista, pelas semifinais do Campeonato Paulista. Resumindo: o Palmeiras foi desclassificado e o comportamento extra-campo de Vágner Love passou a ser uma incógnita.

Apesar do ato de indisciplina, o jogador se safou dessa. Jair Picerni não acreditou na história revelada pela imprensa. Chegou a bater boca com um jornalista, acreditando na palavra de Adãozinho, que mentiu para o técnico, dizendo que Vágner não saiu à noite porque estava em sua casa. Só depois Jair descobriu a verdade e começou a se queimar no clube por causa disso.

As baladas não interferiram no sucesso. Vágner continuou mostrando o seu talento e logo atraiu a atenção dos empresários. No dia 3 de março, o JT revelou com exclusividade a proposta do CSKA pelo atacante. Quase ao mesmo tempo, veio a convocação para disputar a Copa América, no Peru. Depois disso, o futuro do atacante será na Europa. Seu próximo desafio será o frio russo, que chega a 10º graus abaixo de zero.

 
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