OSLO, Noruega - O técnico Dunga deixou o recado logo ao chegar a Oslo. Foi firme, ao ser indagado sobre sua estréia na seleção brasileira com apenas uma ‘estrela’ a dirigir. O nome em questão era Robinho, a maior - talvez a única - atração da equipe para o jogo contra a Noruega. “A grande estrela aqui é a seleção brasileira. Todos os 22 convocados têm que ser respeitados. Não temos de colocar ninguém um degrau acima ou abaixo dos outros”, afirmou Dunga.
Ele enfatizou que a vida de um atleta muda a partir de uma convocação ou da associação do nome à equipe principal do Brasil. “Quando joga num clube, é um. Quando chega à seleção, cria outra repercussão; com a toda a mídia em torno, seu valor passa a ser outro. Isso demonstra que a seleção, sem dúvida nenhuma, é a grande estrela.”
Pouco antes das declarações de Dunga, Robinho se saiu bem em entrevista na qual negou o papel de ‘estrela’ do time em Oslo, supostamente em proveito da ausência de Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Ronaldo. “Sou como todos os outros. Igual aos demais. No time, tenho a função de ajudar. Não sou nenhuma estrela.”
Do grupo relacionado por Dunga para o amistoso, Robinho é o que fez mais gols pela seleção: são seis até agora. Ele tem o dobro de quatro atletas empatados com três gols pela equipe - Fred, Gilberto Silva, Júlio Baptista e Lúcio.
Time chega, bagagem não
Parte da bagagem da seleção brasileira ficou retida no aeroporto em Paris, no vôo que trouxe a comissão técnica e alguns jogadores de São Paulo. A promessa era de que o material chegaria ainda nesta segunda à noite ao hotel, em Oslo, o que não ocorreu. Na bagagem estão os uniformes de treino e de jogo da seleção. O único treino da equipe na Noruega está previsto para a tarde desta terça, no Ullevaal Stadion, local do amistoso.