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E as amantes? questiona Bolsonaro ao defender nepotismo

Brasília - O deputado Jair Bolsonaro (PFL-RJ) afirmou nesta quarta-feira que, em 2003, o PT propôs que ele indicasse o administrador do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para que, em troca, votasse favoravelmente à emenda constitucional da reforma da Previdência. As declarações de Bolsonaro foram feitas durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na estava votando as emendas constitucionais que proíbem a contratação de parentes.

Capitão da reserva do Exército e conhecido por suas declarações polêmicas, o deputado disse que a sessão da CCJ era uma "palhaçada", afirmou que em alguns casos o "nepotismo é válido", aproveitou para defender que a proposta proíba a contratação não só de parentes como também de amantes de autoridades e argumentou que "só quem é casado com uma jumenta é que defende o fim do nepotismo".

"Não quero blindagem para chegar no Rio e dizer que votei contra o nepotismo. Isso é demagogia. Recebi oferta do governo para indicar o administrador do Aeroporto Santos Dumont e, em troca votar a favor da PEC 40 (reforma da Previdência). Só a cantina do Aeroporto fatura R$ 300 mil brutos por mês, o que dá uns R$ 200 mil líquidos. Ou seja, eu poderia tirar a minha mãe que tem 86 anos e trabalha no meu gabinete e colocá-la para administrar essa cantina, o que seria um salário bem maior do que o da Câmara", explicou Bolsonaro.

Suplente da CCJ, o deputado afirmou que era contra a hipocrisia de votar pelo fim do nepotismo. "E as amantes vão ficar fora dessa relação? Todo mundo sabe que tem amantes de pessoas do Executivo trabalhando aqui", disse Bolsonaro, sem citar nomes. Ele defendeu a contratação de parentes e lembrou que seu filho Eduardo Bolsonaro e sua atual companheira já trabalharam em seu gabinete. "Ela (a companheira) é uma pessoa competente. Não me casei com uma jumenta. Quem é casado com jumenta é que pode defender o fim do nepotismo. Chega de hipocrisia", disse Bolsonaro.

"Não aceito que se compare uma mulher a um jumento", rebateu o presidente da CCJ, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), o único parlamentar que se preocupou em responder às críticas feitas por Bolsonaro. O deputado pefelista disse ainda que os defensores do fim do nepotismo "são parentes, são sócios de empreiteiras" "Quem não tem família que fez política no Estado e é dono de um monte de empreiteiras tem de trabalhar com o familiar", afirmou Bolsonaro, ao explicar o motivo de um de seus filhos ter trabalhado em seu gabinete. "Essa proposta não vai moralizar nada. A despesa não vai diminuir porque o número de cargos continuará igual e quem quiser vai pôr uma terceira pessoas para trabalhar em seu gabinete, como laranja de um familiar´, afirmou.

 
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