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Dulce, a “descobridora” de Bernardinho

São Paulo - Dulce Thompson, atacante da Seleção Brasileira de Vôlei. Muito técnica e veloz, em 1988 foi jogar na Itália. No ano seguinte, foi parar no time do Perugia - que estava "um caos" total, como lembra a loirinha, hoje com 41 anos, especialista em seguros internacionais, casada pela segunda vez, com Maurício, dois filhos - Sacha, garoto de 13 anos, e Lucila, de 6. "Nosso treinador era um sul-coreano, não tínhamos uma jogadora de decisão... Veio a Sonia Heredia, peruana, mas era uma roubada. Pensei: ‘Meu Deus do céu! Só um louco vai aceitar dirigir isto aqui!’ Aí o Bernardinho me veio à cabeça..." conta a divertida Dulce. "A gente se conhecia do Fluminense, era amigo. Ele é muito persistente, obstinado, sempre foi. Eu, que tinha feito um acordo para ser técnica do time juvenil, sugeri para os italianos, que aceitaram. Telefonei para ele. O Bernardinho topou e eu falei: ‘Ele é doido mesmo!’"

Foi assim que Bernardo Rezende - campeão mundial com a Seleção Masculina de Vôlei que se prepara para a Olimpíada de Atenas - começou como técnico, em 1989, depois de encerrada a carreira como jogador.

Dulce, também comentarista de vôlei da SporTV, trabalha com multinacionais há dez anos - é executiva da Aon Risk Services, onde chefia a área de entretenimento no Brasil. E tem certeza: "O Bernardinho é muito capaz. Inclusive mais capaz que muitos grandes executivos. Daria certo em qualquer multinacional que fosse dirigir. Transforma uma equipe média em uma grande equipe e transformaria um empresa média em uma mega-empresa."

Ainda do início como técnico na Itália, a ex-jogadora (que acabou sendo assistente de Bernardinho, além de técnica das juvenis) conta: "Ele acordava cedo. E pulava no pescoço de todo mundo, nos dois treinos do dia. As meninas eram gordas e tiveram de emagrecer. Não tinham técnica e ele ‘matou’ todas de treinar, trabalhando, corrigindo as falhas individuais. Eu pegava o treino dele e aplicava tudo na minha equipe juvenil. Do 11º lugar, em um mês estávamos em terceiro."

Para Dulce, o diferencial de Bernardinho é a "estratégia de guerra" que utiliza, além da dedicação "de sábado, de feriado, sem descanso". Ele tem comando nato, o pensamento rápido, assinala. "É um estrategista que quer e sabe muito como vencer. Sabe que é preciso estar treinado, condicionado técnica e fisicamente. Se preciso, ele também repassa 30 vezes todas as falhas dos adversários." Dulce assinala que, se Bernardinho tinha uma falha como técnico, também já conseguiu superar. "Ele era só emocional. Ainda assim, conseguia tirar as conclusões corretas. Mas já soube contornar isso."

 
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