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Dirigente queria que Edu virasse inglês

Teresópolis - Edu por pouco não se naturalizou inglês para jogar pela seleção da Inglaterra. O presidente do Arsenal sugeriu ao jogador que tirasse o passaporte porque ouviu de Sven-Goran Eriksson, técnico da esquadra inglesa, o desejo de ter Edu no seu time.

O assunto não progrediu. Edu não correu atrás e se saiu bem. Hoje é uma das novidades de Parreira na seleção e com boas perspectivas de até ser titular.

Se tivesse entrado na história do presidente do Arsenal, hoje Edu não poderia mais servir a seleção brasileira. “Estávamos procurando um jogador que fizesse a função do Zé Roberto, de boa marcação e saída de bola pelo setor esquerdo. Veja bem, não era um jogador de pé esquerdo, até porque o Brasil tem ótimos canhotos, era um que pudesse atuar por aquele setor com a mesma desenvoltura do Zé Roberto. E achamos o Edu. É uma boa opção e com boas condições de vir a ser titular”, avaliou Parreira.

Tamanha consideração do treinador pegou Edu de surpresa. Aos 26 anos, ele tem apenas quatro convocações e três jogos pela seleção brasileira. “Tinha certeza de que um dia teria uma chance na seleção, mas não imaginava quando chegaria esse dia.”

Edu conta que a decisão de trocar o Brasil pela Inglaterra foi acertada. Em nenhum momento pensou em defender a seleção inglesa. “Aquilo tudo nasceu de uma consulta do presidente do meu clube. Não fui eu que saí atrás. É mais ou menos o que aconteceu quando decidi jogar na Europa. Muita gente veio me dizer que não era para deixar o Brasil tão novo. Disseram que era para esperar um pouco mais para me firmar no Corinthians. Fui para a Inglaterra bem novo (22 anos) e não me arrependo.”

Campeão do mundo pelo Corinthians em janeiro de 2000, Edu arrumou as malas e foi embora para o Arsenal. “No começo, confesso, foi um pouco difícil. Tudo era muito novo para mim. Tive dificuldades com o idioma, alimentação e clima. Com o tempo fui me adaptando. Fui me moldando ao jeito de jogar do inglês jogar e conquistei o meu espaço. Hoje moro muito bem com a minha mulher e filha em Londres.”

Quatro anos de Inglaterra mexeram com Edu. Mudou o estilo de vida, tudo muito diferente de Guarulhos, onde nasceu e morou até deixar o Brasil. Ele chegou ao Corinthians aos cinco anos de idade e só deixou o clube pela Europa. “A vida lá é totalmente diferente da que estava acostumado no Brasil. As coisas são muito organizadas, tudo funciona com perfeição. É até difícil explicar. É uma realidade muito diferente da nossa.”

Tão diferente que deu saudade em Edu. “Lá o tratamento entre jogador e torcida e imprensa é muito frio. Você conversa com no máximo três jornalistas em salinhas e depois não tem mais contato com ninguém. Aqui tem mais calor humano. Eu disse ao Gilberto Silva (companheiro de Arsenal) que estava com saudade desse assédio da imprensa e da torcida.”

 
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